Este artigo pretende revisitar a trajetória literária de Elisa Lispector a partir de questionamentos existenciais impostos pelas protagonistas que compõem as várias narrativas dessa escritora. Tais questionamentos se entrelaçam na escritura como fios condutores, fazendo com que os estados emocionais das personagens se transfigurem ora na fluidez ora na fragmentação dos discursos, compondo, assim, a prosa poética. O resultado é uma escrita fragmentária e melancólica, permeada por imagens, símbolos e mitos que ganham destaque na estruturação e no conjunto da obra elisiana.
This paper aims to revisit the literary trajectory of Elisa Lispector from existential questions imposed by the protagonists who compose the various narratives of this writer. Such questions intertwine in the scripture as conducting threads, causing the emotional states of the characters to be transfigured, sometimes in fluidity, sometimes in the fragmentation of discourses, thus composing a poetic prose. The result is a fragmentary and melancholy writing, permeated by images, symbols and myths that gain prominence in the structure and in the Elisian work as a whole.