O presente artigo tem como objetivo analisar os discursos sobre a natureza brasileira publicados na Revue des Deux Mondes, no século XIX. A partir desse estudo, buscaremos mostrar que, mesmo quando havia o elogio às belezas tropicais brasileiras, os discursos de dominação, próprios de um século marcado por imperialismos, como foi o século XIX, ainda estavam presentes, embora de maneira dissimulada. Assim, através da análise desses escritos, poderemos entender que havia a intenção de marcar a diferença entre o Brasil tropical e a Europa, ressaltando que, por mais belo que o país fosse, ele não era a Europa, o que o colocava em patamares de inferioridade em relação às grandes potências europeias.
This article aims to analyze the discourses about the Brazilian nature published in the Revue des Deux Mondes in the nineteenth century. From this study, we intend to show that even when there was the compliment for Brazilian tropical beauties, the discourse of domination, typical of a century marked by imperialism, as the nineteenth century was, it was present yet, even though in a dissimulated way. Thus, by analyzing these writings, we can understand that there was an intention to make a difference between tropical Brazil and Europe, pointing out that no matter how beautiful the country was, it was not Europe, which placed it at levels of inferiority in relation to the great European powers.
Este artículo tiene como objetivo analizar los discursos sobre la naturaleza brasileña publicados en la Revue des Deux Mondes en el siglo XIX. A partir de este estudio, vamos a intentar demostrar que incluso cuando había elogios para las bellezas tropicales de Brasil, el discurso de la dominación, propios de un siglo marcado por el imperialismo, como en el siglo XIX todavía estaban presentes, aunque en una forma disfrazada. De este modo, a través del análisis de estos escritos, entendemos que hubo una intención de hacer una diferencia entre Brasil tropical y Europa, señalando que, por muy bello que el país era, no era Europa, lo que puso en los niveles de inferioridad en comparación con las grandes potencias europeas.