Este texto examina uma noção concebida pelo pensador francês
Jean Baudrillard: a mÃdia que, não se respeitando mais, toma-se
pelo acontecimento. Trata-se, portanto, mais uma vez, do papel
dos meios de comunicação numa sociedade extremamente
midiatizada. Uma pergunta se impõe: mesmo o jornalismo
tornou definitivamente entretenimento? Entre a teoria e a prática,
os rastros da mutação parecem eliminar qualquer dúvida.
De certo modo, passados cinco anos da morte de Baudrillard,
este artigo faz um balanço do seu legado através de um fragmento
da sua imensa, rica e polêmica obra de analista irônico.
This paper examines a concept conceived by the French
philosopher Jean Baudrillard: the media which, not respecting
anymore, takes itself as the event. Therefore, it is once again
about the role of media in a highly mediatic society. A question
arises: even journalism has definitely become entertainment?
Between theory and practice, the traces of the mutation
appear to eliminate any doubt. Somehow, five years after
Baudrillard’s death, this paper takes stock of his legacy through
a fragment of his vast, rich and controversial work as an ironic
analyst.