Emmanuel Lévinas, em reação a todo o messianismo da razão e da ciência, oferece uma atenta análise da ética da responsabilidade. A alteridade evoca, de forma peremptória e na força do apelo do outro, uma resposta de adesão incondicional. Em um contexto de guerra, ele se insurge com esse imperativo ético radical e intransferível, pelo outro. As metáforas do rosto e da casa evocam um imaginário instigante e provocador a esse respeito, capaz de articular essa não paridade na relação na perspectiva da soberania do interpelante. Sua reflexão é oposição a toda tentativa de remodelação do enquadramento racional do outro absorvido como conteúdo no reducionismo sujeito-objeto. O presente artigo discorrerá sobre o pensamento desse filósofo fascinante e irrequieto pela alteridade responsável.