A hipótese a ser aqui defendida diz que essa ordem de seqüência é incorreta, que um estado mental não é imediatamente induzido pelo outro, que, antes, as manifestações corporais devem a eles se interpor, e que a afirmação mais racional seria a de que nós lamentamos porque choramos, temos raiva porque revidamos, medo porque trememos, e não a de que choramos, revidamos ou trememos porque lamentamos, temos raiva, ou medo, segundo cada caso. Sem que os estados corporais se seguissem à percepção, o último estágio seria puramente cognitivo em sua forma, insÃpido, descolorido, destituÃdo de calor emocional. PoderÃamos então depararmo-nos com um urso, e julgarmos ser melhor fugir, ouvir um insulto e considerarmos como certo revidar, mas não verdadeiramente sentirÃamos medo ou raiva.