Empoderamento de comunidades rurais como prática de revitalização de aldeias

DRd - Desenvolvimento Regional em debate

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ISSN: 22379029
Editor Chefe: Valdir Roque Dallabrida
Início Publicação: 30/11/2011
Periodicidade: Semestral

Empoderamento de comunidades rurais como prática de revitalização de aldeias

Ano: 2013 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: Gonçalves, H., Marta-Costa, A., Cristóvão, A.
Autor Correspondente: Gonçalves, H | [email protected]

Palavras-chave: Animação territorial. Democracia participativa. Desenvolvimento rural. Empoderamento. Governança.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

De um modo geral, os territórios rurais em Portugal, sobretudo os do interior, têm vindo a perder população, o que origina uma crescente desvitalização da economia e o declínio social, num processo em espiral com consequências negativas para a coesão do território e o desenvolvimento global do país. O projeto ASAS, de âmbito nacional, focou-se na intervenção em aldeias rurais isoladas, com base numa estratégia integrada de diversificação da economia e de criação de emprego local, através da valorização dos recursos endógenos do território, da participação comunitária e da cooperação interterritorial. A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro dinamizou este projeto na região Norte de Portugal. Numa primeira fase, foram identificadas e caraterizadas oito aldeias, cujos processos de desenvolvimento registam práticas comunitárias ativas e diferenciadas, potencialmente sustentáveis e transferíveis para outros contextos. Posteriormente, foram selecionadas as aldeias de Provesende (Sabrosa) e Santa Leocádia de Geraz do Lima (Viana do Castelo), para uma análise SWOT, mais aprofundada com as comunidades, que mobilizou a participação ativa dos residentes e agentes institucionais. Dos resultados, destaca-se, como denominador comum, a importância de conhecer experiências exteriores e de envolver a população local para atingir níveis de cumplicidade, adesão e comprometimento. São precisos mais contactos com a população, é preciso animar o território, mas faltam agentes ativos e dinamizadores, que promovam mais consensos, que ajudem a ultrapassar obstáculos, a alargar os horizontes e que liderem os processos em determinados momentos. É fundamental a avaliação das práticas e a promoção da reflexividade, envolvendo as comunidades.



Resumo Inglês:

In general, rural areas in Portugal, especially the interior ones, have been losing population, leading to a growing economic and social decline, in a spiral process with negative consequences for the cohesion of the territory and the country's overall development. The nationwide ASAS project focused on the intervention in isolated rural villages, based on integrated strategies to diversify the economy and create local jobs through the enhancement of endogenous resources, community participation and inter-territorial cooperation. The University of Trás-os-Montes and Alto Douro promoted this project in the North of Portugal. In the first phase, eight villages were identified, featuring development processes characterized by active and differentiated community practices, potentially transferable to other contexts. Subsequently, the villages of Provesende (Sabrosa) and Santa Leocadia of Geraz Lima (Viana do Castelo), were chosen for a SWOT analysis with an active participation of residents and institutional agents. The objective of this article is to analyze the results obtained with the studied communities, and to promote a comparative analysis of different territorial approaches to rural development. The results show the importance of knowing outer experiences and involving the local population in order to achieve levels of complicity and commitment. More and better exchanges with the population are crucial, as well as territorial animation, but facilitation agents, able to promote consensus, help to overcome obstacles and broaden horizons, are lacking. It is necessary to evaluate development practice and to promote reflexivity, involving the communities.