Este é um estudo das práticas didático-pedagógicas dos cursos de graduação em administração enquanto estratégias de ensino que, na percepção dos alunos empreendedores,
podem incentivar ou inibir o empreendedorismo. A pesquisa foi feita em três etapas. A
primeira, um levantamento exploratório de práticas em uso. Na segunda, foram aplicados
questionários a concluintes de cursos de graduação em administração da Região Metropolitana do Recife, investigando o incentivo ou inibição em relação ao empreendedorismo,
de quinze práticas didático-pedagógicas. A terceira etapa, fruto da anterior, constituiu-se
de entrevistas semi-estruturadas com alunos que já eram empreendedores, para aprofundar
a investigação. Até onde vale a percepção dos alunos empreendedores, o estudo indica
claramente que práticas simuladoras de atividades empreendedoras tendem a incentivar o
empreendedorismo nos alunos, enquanto as que se restringem à transmissão do conhecimento tendem a não incentivar. Mas indica também limites: embora o curso possa estimular atitudes e desejo de estudantes de se desenvolverem como empreendedores, a experiência pessoal empreendedora é única e insubstituÃvel.
This dissertation investigates pedagogical practices undertaken in six administration
undergraduate courses, in the Metropolitan Region of Recife-PE, Brazil, regarding whether
they incentive or inhibit the entrepreneurship. The research comprises three phases. The
first one is an exploratory brief survey on practices in use. In the second phase, four
hundred and eighty six students from those courses answered a questionnaire, which
investigated their perceptions of the effect of fifteen pedagogical practices related to
entrepreneurship. The third phase, originated from the previous one, comprises semistrutuctured interviews given by some of those students who were already entrepreneurs,
to go deeper into the subject. Within the limits of the sole student perceptions, the study
suggests that practices simulating entrepreneuring activities tend to stimulate
entrepreneurship. Practices restricted to knowledge transmition do not stimulate. The
results also indicate that administration undergraduate courses may well stimulate desire
and attitudes for students to develop themselves as entrepreneurs, but entrepreneuring
personal experience is unique and irreplaceable.