Este trabalho analisa um conjunto de documentos históricos sobre o advogado e político negro Monteiro Lopes publicado em periódicos no Rio de Janeiro no início do século XX. A partir do que foi abordado sobre o Monteiro Lopes na imprensa, buscamos compreender como marcadores raciais referidos a um sujeito negro letrado funcionaram no discurso da imprensa no período pós-abolição. Como suporte teórico-metodológico, utilizamos as perspectivas da Análise de Discurso Materialista a partir dos conceitos de Formação Discursiva e Silêncio, além da História Social para dimensionar a historicidade do discurso elaborado. A conclusão a que este trabalho chega é a de que, em meio a um processo de disputa pela produção de sentidos, alguns importantes veículos da imprensa carioca buscaram deslegitimar o lugar de poder que Monteiro Lopes havia conquistado.
This work analyzes a set of historical documents about the black lawyer and politician Monteiro Lopes published in periodicals in Rio de Janeiro in the beginning of the 20th century. From what was discussed about Monteiro Lopes in the press, we seek to understand how racial markers referred to a literate black subject functioned in the press discourse in the post-abolition period. As a theoretical-methodological support, we used the perspectives of Materialist Discourse Analysis from the concepts of Discursive Formation and Silence, in addition to Social History to measure the historicity of the elaborated discourse. The conclusion reached by this work is that, in the midst of a process of dispute over the production of meanings, some important vehicles of the Rio de Janeiro press sought to delegitimize the place of power that Monteiro Lopes had conquered.
Este trabalho analisa um conjunto de documentos históricos sobre o advogado e político negro Monteiro Lopes publicado em periódicos no Rio de Janeiro no início do século XX. A partir do que foi abordado sobre o Monteiro Lopes na imprensa, buscamos compreender como marcadores raciais referidos a um sujeito negro letrado funcionaram no discurso da imprensa no período pós-abolição. Como suporte teórico-metodológico, utilizamos as perspectivas da Análise de Discurso Materialista a partir dos conceitos de Formação Discursiva e Silêncio, além da História Social para dimensionar a historicidade do discurso elaborado. A conclusão a que este trabalho chega é a de que, em meio a um processo de disputa pela produção de sentidos, alguns importantes veículos da imprensa carioca buscaram deslegitimar o lugar de poder que Monteiro Lopes havia conquistado.