O ser humano, agente de transformação de seus espaços de vivência, atravessa sua história de desenvolvimento envolvido em conflitos de ordem pessoal e social. No embate com seus pares surgem forças opostas e antagônicas que geram paradoxos de convivência e interrelacionamento do sujeito com seu meio social e biofísico. O avanço tecnológico e a capacidade inventiva da humanidade no sentido de possibilitar maiores confortos e mais bem-estar à sua existência foram eficazes e, no entanto ineficiente, pois produziu mais desigualdades e disparidades sociais do que propriamente um bem estar equitativo. O consumo incessante e inadvertido e as conseqüentes demandas de energia e matéria para garanti-lo, em função da manutenção de um estado de conforto para parte da sociedade, geram desequilíbrios que afetam o planeta como um todo e estes desequilíbrios dialeticamente geram novos conflitos no meio social que resultam em novos desequilíbrios nas relações ambientais numa reação em cadeia e cíclica que não se exaure aparentemente. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo estabelecer um diálogo entre a análise dialética dos conflitos sociais e suas resultantes no mundo biofísico propondo uma construção analítico-dialética dos conflitos sociais como forma de compreensão dos desequilíbrios ambientais usando como pano de fundo a produção e o consumo de energia.
The human being, transformation agent of their living spaces, crosses his development history involved in personal and social conflicts. In the confrontation with their peers arising opposing and antagonistic forces that generate paradoxes of coexistence and interrelationship from the agent with their social and biophysical environment. The technological advancement and the humanity inventive capacity in order to provide greater comfort and wellbeing to their existence were effective, however inefficient because it produced more inequality and social disparities than an equitable well-being. Incessant and inadvertent consumption and the consequential energy demands in matter to guarantee this function and maintaining a state of comfort for part of society generate imbalances that affect the planet as a whole and these imbalances dialectically generate new conflicts in social environment that result in new imbalances in relations with the environments in a chain reaction and cyclic that is not apparently exhausted. In this sense, the present study aims to establish a dialogue between the dialectical analysis of social conflicts and their resulting in the biophysical world proposing a dialectical analytic construction of social conflict as a way of understanding environmental imbalances using the backdrop of energy production and consumption.