Entre as/os mbyá-guaraní é esperável que as crianças desenvolvam um conjunto de características físicas, sociais e anímicas. Aqui surgem alguns critérios para saber se uma criança está saudável. Sustentamos que essas categorias estão vinculadas com os constantes diálogos com o sistema público de saúde. Assim, quando uma doença ou um problema de saúde se manifesta em bebês e crianças, procuram-se diversas soluções. Nessa interação, os critérios de observação não são os mesmos das mães e pais que os dos médicos/as, que podem chegar até a discordar. Paralelamente, as consultas e tratamentos dependem dos recursos disponíveis. Mas diante de qualquer episódio, as mulheres são as que passam mais tempo em consultas e atendimentos no sistema público de saúde. Finalmente, vemos que a infância é a fase da vida em que a família põe mais empenho. Sustentamos esse debate com base em discussões teóricas e registros de campo coletados em comunidades mbyá-guaraní de Puerto Iguazú (Misiones, Argentina).
Among the mbyá-guaraní, a healthy child is expected to display a series of physical, social and emotional characteristics. From this some criteria emerge to define if a child is healthy. We argue that these categories are related to constant dialogues with the public health system. At the same time, when a disease or a health problem manifest in babies and children, the search for solutions is diverse. In this interaction, the observation criteria are not the same for mothers and fathers as those for doctors, and they may even disagree about them. In parallel, consultations and treatments depend on the resources available. But before any episode, women are the ones who spend the most time in consultations and care in the public health system. Finally, we observe that childhood is the stage of life in which the family puts the most effort. We sustain this debate based on theoretical discussions and field records collected in mbyá-guaraní communities in Puerto Iguazú (Misiones, Argentina).
Entre las/los mbyá-guaraní se espera que un/a niña/o sana/o despliegue una serie de características físicas, sociales y anímicas. De aquí surgen algunas categorías para dar cuenta de que un/a niño/a está bien. Sostenemos que esas categorías están relacionadas con diálogos constantes con el sistema público de salud. A su vez, cuando se manifiesta una enfermedad o un problema de salud en bebés y niñas/os, la búsqueda de soluciones es diversa. En esa interacción los criterios de observación no son los mismos de las madres y los padres que los de las/los médicas/os, incluso pueden disentir sobre ellos. En paralelo, las consultas y tratamientos dependen de los recursos disponibles. Pero ante cualquier episodio las mujeres son quienes ocupan mayor tiempo en las consultas y atención en el sistema público de salud. Finalmente, vemos que la infancia es la etapa de la vida en que la familia pone más empeño. Sustentamos este debate a partir de discusiones teóricas y registros de campo recopilados en comunidades mbyá-guaraní de Puerto Iguazú (Misiones, Argentina).