Enfim, educar para quê? — reflexões acerca do ensino institucionalizado

O Social em Questão

Endereço:
Rua Marquês de São Vicente 225 - Departamento de Serviço Social - Gávea
Rio de Janeiro / RJ
22451-900
Site: http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br
Telefone: (21) 9803-8696
ISSN: 1415-1804
Editor Chefe: Rafael Soares Gonçalves
Início Publicação: 01/01/1997
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Enfim, educar para quê? — reflexões acerca do ensino institucionalizado

Ano: 2018 | Volume: 21 | Número: 41
Autores: Valeria Forti,Lorena Forti
Autor Correspondente: V.Forti,L.Forti | [email protected]

Palavras-chave: políticas sociais; questão social; educação brasileira; ginásios vocacionais; currículo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Considerando as questões que marcam o atual cenário brasileiro, cujas repercussões incidem de maneira significativa nas políticas sociais e nos direitos dos envolvidos com o âmbito da educação (docentes, discentes, pedagogos, assistentes sociais, psicólogos etc.), o trabalho visa suscitar reflexões críticas acerca da educação no Brasil, apontando para o que aproxima o ideário dos Ginásios Vocacionais (1961-1970) – experiência educacional (e curricular) brasileira, pouco conhecida e muito singular frente às mudanças curriculares ocorridas no mesmo período e contexto – e o conceito de “conhecimento poderoso”, desenvolvido pelo sociólogo e teórico do currículo Michael Young. A saber: a proposta de que a atividade educativa institucionalizada necessita pautar-se em uma concepção clara de ser humano (consciente e crítico). Pois, uma educação que se institucionalize sem a referência de uma noção equânime de ser humano tende a se subordinar às relações de dominação (poder) nas sociedades e pouco pode fazer além de as endossar.

 



Resumo Inglês:

Considering the issues that mark the current Brazilian scenario, whose repercussions have a significant impact on social politics and the rights of those involved with the scope of education (teachers, students, pedagogues, social workers, psychologists, etc.), the work aims to elicit critical reflections (1961-1970) – Brazilian educational (and curricular) experience, little known and very singular in face of the curricular changes that took place in the same period and context – and the concept of “Powerful knowledge” developed by sociologist and curriculum theorist Michael Young. Namely: the proposal that institutionalized educational activity needs to be based on a clear conception of human being (conscious and critical). For an education that becomes institutionalized without the reference of an equable notion of being human tends to subordinate itself to the relations of domination (power) in societies and can do little more than endorse them.