Decorrente da grande incideÌ‚ncia do caÌ‚ncer no Brasil e da desestruturação que esse diagnoÌstico e tratamento acarretam na vida dos pacientes, eÌ fundamental a atuação de um ministeÌrio de apoio para dar suporte aos mesmos e a seus familiares. VaÌrios estudos referentes ao caÌ‚ncer comprovam que pacientes que participam de um grupo de apoio possuem um melhor ajustamento aÌ€ doença, redução dos distuÌrbios emocionais (como ansiedade e depressão), melhor adesão ao tratamento e diminuição dos sintomas adversos associados ao caÌ‚ncer e aos tratamentos, podendo ateÌ obter um aumento no tempo de sobrevida. Por isso, este artigo tem como objetivo refletir sobre convicções biÌblicas que determinam e controlam a abordagem para o apoio a pacientes com caÌ‚ncer. Para isso, fez-se necessaÌrio um estudo sobre os doentes no Antigo Testamento com sua relativa problemaÌtica, abordando os principais tipos de doenças que acometiam as pessoas (lepra, cegueira, surdez, paralisia e esterilidade); a relação entre doença e pecado; maldição; a prevenção da doença e o modo de ver o doente; e no Novo Testamento, como os doentes eram tratados e como devem ser servidos; o poder da feÌ e a força da oração para a cura; a questão da possessão ou obsessão demoniÌaca; o sofrimento e o sacrifiÌcio; a esperança na anguÌstia; a consolação no luto e na morte, da espiritualidade de quem se defronta com a doença e de quem se coloca a serviço dos doentes; e a partir disso tudo, uma reflexão teoloÌgico-pastoral. TambeÌm seraÌ apresentada uma resenha histoÌrica mostrando a bimilenar presença da Igreja no mundo da sauÌde.