O rio Xingu nasce no Mato Grosso, ao norte da região do planalto Central, na união entre as serras do Roncador e Formosa, a 600 m de altitude. Cruza a fronteira com o estado do Pará, onde corre quase unicamente pelo município de Altamira, sendo de vital importância para o transporte, a subsistência, a economia e o lazer da população em seu entorno.
O transporte hidroviário representa um dos principais meios de locomoção das populações ribeirinhas, particularmente porque a construção e conservação de rodovias esbarram no elevado índice pluviométrico e também no alto custo financeiro. Já a pesca é uma das atividades humanas mais importantes no rio Xingu, constituindo-se em fonte de alimento e renda para grande parte da população, especialmente a que reside em suas margens.
As atividades de extração de areia também contribuem para o desenvolvimento social e econômico da região, mas são igualmente responsáveis por impactos ambientais negativos, alguns inclusive irreversíveis e que prejudicam a exploração do turismo e seu uso como espaço de sociabilidade e lazer, na medida em que provocam o assoreamento de suas margens e a redução da quantidade e da qualidade das “praias amazônicas”.
Assim, o ensaio, realizado no município de Altamira, busca apresentar os diferentes usos do rio Xingu, retratados no ano de 2017.