Ensaio sobre o “epistemicídio” do espaço na modernidade e a reconstrução epistemológica dessa categoria a partir da filosofia da práxis (metafilosofia)

Aurora (UNESP. Marília)

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ISSN: 1982-8004
Editor Chefe: Agnaldo dos Santos
Início Publicação: 30/11/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

Ensaio sobre o “epistemicídio” do espaço na modernidade e a reconstrução epistemológica dessa categoria a partir da filosofia da práxis (metafilosofia)

Ano: 2018 | Volume: 11 | Número: 2
Autores: Gustavo Godinho Benedito
Autor Correspondente: Gustavo Godinho Benedito | [email protected]

Palavras-chave: Modernidade. Filosofia da Práxis. Metafilosofia. Espaço.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A percepção de desenvolvimento espacial, a colonização do mundo da vida e a instrumentalização dos sujeitos na modernidade estão associadas às formas de perceber a espacialidade das relações sociais pelas filosofias e ciências positivistas constituídas na modernidade e pelo Estado, indissociavelmente. Na sociedade moderna, o espaço abstrato – um espaço homogêneo, fragmentado, hierárquico – dominou o espaço social, ou o espaço integrado de comunhão social, e o próprio potencial de produção do último foi, ele mesmo, atenuado. Por conseguinte, desenvolveu-se uma concepção do espaço como neutro e sem contradições, configurando-se como uma estratégia que pratica um “epistemicídio” do espaço ao ignorar, intencionalmente, a práxis no espaço social. Objetiva-se, neste artigo, a análise da filosofia da práxis (metafilosofia) no processo de renovação epistemológica da categoria espaço e as rupturas com os pressupostos epistemológicos positivistas acerca dessa categoria.



Resumo Inglês:

The perception of spatial development, the colonization of the world of life and the instrumentalisation of subjects in modernity are associated with the ways of perceiving the spatiality of social relations by the positivist philosophies and sciences constituted in modernity and by the state, indissociably. In modern society, abstract space - a homogeneous, fragmented, hierarchical space - dominated the social space, or the integrated space of social communion, and the latter’s own production potential was itself attenuated. Therefore, a conception of space has developed as neutral and without contradictions, configuring itself as a strategy that practices an “epistemic murder” of space by ignoring, intentionally, the praxis in the social space. This article analyzes the complementarity of the praxis philosophy of Antonio Gramsci and the metaphilosophy of Henri Lefebvre in the process of epistemological renewal of the space category and the ruptures with the positivist epistemological assumptions about this category.