Ensinar é impossível, e aprender, inevitável: comentários sobre a epistemologia de Humberto Maturana

Revista Helius

Endereço:
Avenida da Universidade, 850 - Campus Betânia - Alto da Brasília
Sobral / CE
62040370
Site: https://helius.uvanet.br/index.php/helius/
Telefone: (88) 3611-6370
ISSN: 23578297
Editor Chefe: Fabrício Klain Cristofoletti
Início Publicação: 06/02/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

Ensinar é impossível, e aprender, inevitável: comentários sobre a epistemologia de Humberto Maturana

Ano: 2020 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: Beto Vianna, Luiz Antonio Botelho Andrade, Nelson Monteiro Vaz
Autor Correspondente: Beto Vianna | [email protected]

Palavras-chave: Humberto Maturana. Aprendizagem. Imunologia. Domesticação. Educação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste ensaio, propomos apresentar e discutir a epistemologia do biólogo chileno Humberto Maturana, utilizando os conceitos de percepção, autopoiese e cognição e, a partir da aceitação desse caminho explicativo, comentar suas implicações para o nosso entendimento de três fenômenos relacionais no contexto do viver: o domínio das interações moleculares, no âmbito da imunologia, o domínio das interações interespecíficas, no âmbito da domesticação, e o domínio das relações humanas, no âmbito da educação. Ao visitar esses três domínios relacionais, refletimos sobre como o fenômeno da aprendizagem irá inevitavelmente surgir, gerado na própria dinâmica do viver, sem a necessidade de lançarmos mão da noção de interações instrutivas, que usualmente conotamos, ao menos no contexto das relações humanas, como ensino.



Resumo Inglês:

In this essay, we propose to present and discuss the epistemology of the Chilean biologist Humberto Maturana, by means of the concepts of perception, autopoiesis and cognition and, accepting this explanatory path, comment on its implications for our understanding of three relational phenomena in the context of living: the domain of molecular interactions, in the scope of immunology, the domain of interspecific interactions, in the scope of domestication, and the domain of human relations, in the scope of education. While visiting these three relational domains, we reflect how the phenomenon of learning will inevitably arise, generated in the very dynamics of living, without the need to resort to the notion of instructive interactions, which we sometimes connote, at least in the context of human relations, as teaching.