Este trabalho tem como finalidade discutir o posicionamento dos museus em geral e do Museu Casa Histórica de Alcântara (MCHA) em particular, com relação às representações e discursos que incidem sobre a história. Partindo-se da premissa de que “toda instituição museal apresenta um determinado discurso sobre a realidade”, busca-se observar a orientação conceitual do MCHA desde sua fundação, em 1986, destacando sua relação com a cidade de Alcântara, que abriga a maior concentração de territórios quilombolas do Brasil, palco de disputas intensas entre diversos atores sociais em torno das terras e da força de trabalho, desde os tempos coloniais até a atualidade, marcada por sonhos espaciais.
This paper aims to discuss the role of the museums in general, and of the Museu Casa Histórica de Alcântara (MCHA) in particular, about the representations and discourses that are built upon history. Taking as true the premise that “all museums displays a discourse about reality”, we try to observe the conceptual orientation of the MCHA since its foundation, in 1986, emphasizing its relationship with the city of Alcântara, that upholds the biggest concentration of maroon territories in Brazil, a place of intense disputes betw.