Entre Cinema e Política: repensando a autoria de Viva Zapata!, de Elia Kazan

Domínios Da Imagem

Endereço:
RODOVIA CELSO GARCIA CID, KM 380
Londrina / PR
Site: http://www.uel.br/cch/his/dominiosdaimagem/
Telefone: (43) 3371-4398
ISSN: 19822766
Editor Chefe: Alberto Gawryszewski
Início Publicação: 31/10/2007
Periodicidade: Semestral

Entre Cinema e Política: repensando a autoria de Viva Zapata!, de Elia Kazan

Ano: 2011 | Volume: 4 | Número: 9
Autores: Andréa Helena Puydinger De Fazio
Autor Correspondente: Andréa Helena Puydinger De Fazio | [email protected]

Palavras-chave: Viva Zapata!; Elia Kazan; Macartismo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Marcada pelas tensões da Guerra Fria e pela presença da House Un-American Activities Committe, a Hollywood dos anos cinqüenta conta, por meio de suas produções, histórias de resistência e submissão ao clima de caça às bruxas. O filme Viva Zapata! (1952), que narra a trajetória do revolucionário Emiliano Zapata durante a Revolução Mexicana, dialoga com questões políticas e culturais da época. Foi o primeiro filme de Elia Kazan lançado após sua delação perante a HUAC, tornando-se, assim, marcado por esse fato – que direciona suas interpretações a posicionamentos políticos ou justificativas do diretor. Este artigo propõe outra leitura de Viva Zapata!, por acreditarmos tratar-se de uma obra de arte coletiva, na qual tanto Kazan, quanto o roteirista John Steinbeck, assim como os atores principais Marlon Brando e Anthony Quinn, tem participação direta. Pretendemos discutir, portanto, a questão da autoria na produção da obra cinematográfica em questão, em contraponto ao debate político que marcou sua leitura.



Resumo Inglês:

Characterized by Cold War tensions and the presence of House Un-American Activities Committe, the Hollywood from fifties tell, in its productions, stories of resistance and submission through a witch hunt atmosphere. The film Viva Zapata! (1952), which chronicles the history of the revolutionary Emiliano Zapata during the Mexican Revolution, dialogues with political and cultural issues from that moment. It was the first film by Elia Kazan released after his impeachment before the HUAC, becoming influenced by this fact – which directs their interpretations and political positioning, or even justifications from the director. This article proposes a different reading of Viva Zapata!, because we believe that this is a collective work of art, in which both Kazan, the writer John Steinbeck, as well as the main actors Marlon Brando and Anthony Quinn, have a direct participation. Therefore, we intend to discuss the question of authorship in the production of the cinematographic work in question in contrast to the political debate which marked his reading.