Este artigo tem por objeto de estudo como os (neo) pentecostais, na última década, de modo fulcrático, se empoderaram do viés político em seus modus vivendi institucionais. Sabe-se que o pentecostalismo nasce no Brasil, a partir de contextos populacionais periféricos, destarte, em ambientes eclesiásticos onde os discursos enunciados sobre religião e política são constituídos por uma perspectiva dualística, na qual a religião representa o sagrado, enquanto a política, o profano. Este ideário cooperou para o desenvolvimento de um forte sectarismo, que se preconizou ao longo dos anos na formação do ethos religius, sob uma égide de não se misturar espaços considerados dignos e indignos. Este texto elenca-se de referências cognitivas, cujo resultado da pesquisa demonstram de como a institucionalização do pentecostalismo, decorrente da sua expansão, o ideário estigmático a política, acaba perdendo sua força e na última década, forma-se um quadro reverso, com o aumento de representatividades evangélicas no cenário político brasileiro, principalmente dos âmbitos (neo) pentecostais