O presente artigo pretende analisar questões levantadas pela pesquisa “Um outro lugar
para a infância: dos complexos de internação aos abrigos para crianças e adolescentesâ€,
procurando problematizar as práticas/discursos que atravessam os abrigos. As análises foram
feitas a partir de entrevistas realizadas com profissionais ligados tanto aos antigos
estabelecimentos de internação para crianças e adolescentes como aos atuais abrigos de
proteção para infância e juventude. Dentre os analisadores que emergiram ao longo destas
entrevistas, três deles foram selecionados para discutir as subjetividades produzidas e
reproduzidas nos abrigos, a saber: 1) sombra dos internatos nos abrigos; 2) medicalização e
psiquiatrização de crianças e adolescentes abrigados; 3) construção de autonomia.
This article aims to examine issues raised by the project "Another place for childhood:
from the complex of admission to shelters for children and adolescents", seeking to
investigate the practices/discourses that traverse the shelters. Analyses were made from
interviews with professionals from the old establishments for children and adolescents to
existing shelters for protecting childhood and youth. Among the analyzers that have emerged
throughout these interviews, three of them were selected to discuss the subjectivities
produced and reproduced in shelters, namely: 1) shadow of institutionalization in the shelters,
2) medicalization and psychiatric sheltered children and adolescents, 3) construction of
autonomy.