Este artigo tem por objetivo discutir as experiências esportivas em curso no Rio de Janeiro entre os anos de 1851 e 1857. Como data inicial
do recorte temporal, considerou-se o momento em que estavam fundadas as primeiras agremiações de turfe e remo da cidade. A data final
refere-se à criação do Jockey Club Petropolitano, última iniciativa antes que houvesse um perÃodo de recesso na promoção de eventos de
esporte. Procurou-se abordar as peculiaridades do envolvimento dos diversos grupos sociais com o fenômeno. Como a prática era muito
associada a noções de civilização e progresso, inferimos que essa investigação pode nos ajudar a melhor entender o relacionamento
desses distintos estratos com as iniciativas de adesão ao ideário e imaginário da modernidade na capital do paÃs, observáveis naquele
momento. Para alcance do objetivo, como fontes, utilizamos periódicos publicados na cidade, tendo em conta que a imprensa começava
a assumir o papel de arena pública e formadora de opiniões. Ao fim, concluÃmos que, no perÃodo, observa-se um dos dilemas-chave na
conformação do campo esportivo, a exemplo do que ocorria com outras práticas de entretenimento: a necessidade de gestar estratégias
de atração e envolvimento de um público ampliado, sem abandonar os mecanismos de distinção.