O texto é tecido com fragmentos de diálogos, em cartas imaginárias, tratando de seres imaginários e perfeitamente existentes, com a devida licença poética que dá vida a qualquer ser no momento de sua invenção. Da concepção ao nascimento desses seres, já parece haver uma sutil intencionalidade, ainda que a arte jamais possa pautar-se em intenções carregadas de sentidos pré-definidos. Tal intencionalidade é produtiva, quer tornar o que existe em dimensões não facilmente perceptÃveis, no mundo diminuÃdo por nossas pretensões racionalizadas, visÃveis e, por que não, palpáveis.