Na França, o debate sobre as uniões de casais do mesmo sexo foi mais centrado na filiação – ao mesmo tempo naturalizada e sacralizada – do que no casamento, como foi o caso dos Estados Unidos. A filiação não é mais definida pelo casamento, mas em termos biológicos. Nós podemos certamente compreender este fato como uma reação contrária à s novas reivindicações relativas ao “casamento gayâ€, mas também como parte dos debates sobre a nacionalidade francesa, no contexto das polÃticas anti-imigração. De fato, a filiação pertence tanto ao direito de famÃlia como ao direito de nacionalidade, intersecção crucial nos casamentos binacionais. Além disso, a diferença legal entre as famÃlias francesas e estrangeiras é cada vez mais definida em termos biológicos a partir de um “DNA francêsâ€, contribuindo assim para uma racialização da nação.