Entre Família e Nação: a filiação naturalizada

Polis e Psique

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ISSN: 2238-152X
Editor Chefe: Neuza Guarechi
Início Publicação: 28/02/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Psicologia

Entre Família e Nação: a filiação naturalizada

Ano: 2011 | Volume: 1 | Número: Especial
Autores: Eric Fassin
Autor Correspondente: E. Fassin | [email protected]

Palavras-chave: Família, Imigração, Nação, Racialização

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Na França, o debate sobre as uniões de casais do mesmo sexo foi mais centrado na filiação – ao mesmo tempo naturalizada e sacralizada – do que no casamento, como foi o caso dos Estados Unidos. A filiação não é mais definida pelo casamento, mas em termos biológicos. Nós podemos certamente compreender este fato como uma reação contrária às novas reivindicações relativas ao “casamento gay”, mas também como parte dos debates sobre a nacionalidade francesa, no contexto das políticas anti-imigração. De fato, a filiação pertence tanto ao direito de família como ao direito de nacionalidade, intersecção crucial nos casamentos binacionais. Além disso, a diferença legal entre as famílias francesas e estrangeiras é cada vez mais definida em termos biológicos a partir de um “DNA francês”, contribuindo assim para uma racialização da nação.