A escola, embora seja espaço privilegiado para a promoção da cidadania e da igualdade, também reproduz práticas discriminatórias que impactam de forma significativa a trajetória escolar de crianças e adolescentes negros. A pesquisa discute como o racismo estrutural manifesta-se nas dinâmicas escolares, afetando o desempenho acadêmico, a autoestima e a construção identitária desses estudantes. O estudo aponta para a necessidade de práticas pedagógicas antirracistas que reconheçam as identidades negras, promovam o acolhimento e combatam as desigualdades estruturais. Este artigo tem como objetivo analisar, a partir da abordagem interseccional, o combate ao racismo nas escolas, destacando a importância de reconhecer as diferentes camadas da desigualdade para construir ambientes educativos, de fato, seguros. Para isso, foram discutidos os mecanismos de invisibilização do racismo nas instituições de ensino, a relevância da interseccionalidade como ferramenta teórica e prática, e as resistências que emergem no cotidiano escolar. Conclui-se que a construção de uma educação mais inclusiva exige o fortalecimento de políticas públicas comprometidas com a equidade racial e o engajamento crítico de toda a comunidade escolar.