O objeto de leitura deste artigo é o romance O cais das merendas, da escritora portuguesa
LÃdia Jorge. As reflexões buscam apresentar como a autora tematiza em seu discurso narrativo a idéia
de nação e da identidade portuguesa, que é, para nós, (des)const(ruÃda) numa ciranda entre a memória
e o esquecimento. Isto é, a autora coloca à deriva os conceitos de estabilidade e singularidade ao
problematizar e desconstruir uma identidade homogênea para o homem português; como também
apresenta uma nação e identidades ruÃdas pela aculturação. Por outro lado constrói uma possibilidade e
aponta uma esperança em meio às denúncias da narrativa.
This paper analyzes the novel The Snack Wharf, written by LÃdia Jorge, a Portuguese writer.
The discussions aim at revealing the way the author’s narrative discourse addresses the themes of
nation and Portuguese identity, which are (de)constructed for us through a game involving
remembrance and forgetfulness. In other words, the writer challenges the concepts of stability and
singularity by questioning and deconstructing the idea of a homogeneous identity for the Portuguese
people, while presenting a nation and identities crushed by acculturation. On the other hand, she opens
up a possibility and envisages hope despite the accusations present in her narrative.