Considerada pela crÃtica uma trivialização da alta cultura, a obra de Tom Wesselmann é, ao contrário, resultado de um diálogo tenso com a história da arte e com as produções da comunica- ção de massa. Lançando mão de referências cultas – Pierre-Auguste Renoir, Pierre Bonnard, Amedeo Modigliani e Henri Matisse – e de Ãcones produzidos pela indústria cultural, entre os quais a revista Playboy e a publicidade, o artista direciona seu olhar crÃtico para o fenômeno do voyeurismo, analisado a partir de dois mecanismos: cisão sexual e nudez. As diferentes estratégias mobilizadas por Wesselmann põem em xeque as idealizações construÃdas pela história da arte e pela indústria cultural, confrontando o observador com os desejos e as obsessões que regem sua relação com as figuras do feminino.
Considered by several critics a vulgarization of high culture, the work of Tom Wesselmann outcomes, on the contrary, from a tense dialogue with history of art and the productions of mass communication. Making use of cultivated references – Pierre-Auguste Renoir, Pierre Bonnard, Amedeo Modigliani and Henri Matisse – and of icons produced by mass communication, mainly Playboy magazine and advertising, the artist looks critically at a phenomenon like voyeurism, that he analyses in two mechanisms: sexual fragmentation and nudity. The different strategies used by Wesselmann contradict the idealizations forged by history of art and mass culture and bring the observer face to face with the desires and the obsessions that rule his relationship with woman’s figures.