Este artigo tem como objetivo discutir questões relativas às hierarquizações do consumo musical ao vivo no jornalismo cultural contemporâneo. Propõe-se aqui analisar, a partir de um editorial do New York Times, como um modo de consumo musical que se diferencia da alegada “mesmice” das programações dos grandes festivais de verão nos Estados Unidos tem sido cada vez mais valorizado. Percebe-se também, a articulação política entre o consumo musical em festivais de grande porte e a valorização de curadorias que negociam um “ecletismo iluminado” de produções de menor porte, como o da rede Sofar Sounds.
This article aims to discuss issues regarding hierarchies of live music consumption in contemporary cultural journalism. It is proposed here to analyze, from a New York Times editorial, how a kind of music consumption that differs from the alleged “sameness” of the lineups of major summer festivals in the United States has been increasingly valued. One also perceives the political articulation between musical consumption in large festivals and the valuation of curators who negotiate an “enlightened eclecticism” of smaller productions, such as the Sofar Sounds’ network.