O presente trabalho objetiva analisar a relação paternalista entre Estados Unidos e as dirigências políticas nordestinas por meio da Aliança Para o Progresso, projeto de ajuda externa criado durante o governo John F. Kennedy cuja pretensão era expandir o desenvolvimento dos países latino-americanos na mesma proporção em que afastava a presença comunista. Nossa hipótese é a de que esta relação fez com que a APP fosse recebida por boa parte das dirigências políticas nordestinas como um substituto às relações paternalistas antes existentes entre o poder central e os poderes locais, constituídos por estas dirigências e dotados de certa autonomia em relação ao Governo Federal.