Retomando a questão colocada por Kant, na Crítica da faculdade do Juízo, de saber se importa mais às belas artes o gosto ou o gênio, o presente texto circunscreve este problema a partir da função desempenhada pela figura genial no uso de suas faculdades, imaginação e entendimento. A arte poética e a arte retórica são aqui apresentadas como possibilidades do uso dessas faculdades, demonstrando ao mesmo tempo como o contraste entre ambas noções de arte lança luz sobre a proposição kantiana de poder existir um gênio sem gosto ou um gosto sem gênio.