Entre profecias e prognósticos: Januário da Cunha Barbosa, a escravidão e o futuro da nação (1830–1836)
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Entre profecias e prognósticos: Januário da Cunha Barbosa, a escravidão e o futuro da nação (1830–1836)
Autor Correspondente: Danilo José Zioni Ferretti | [email protected]
Palavras-chave: intelectuais; escravidão; temporalidade.
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Resumo Português:
Neste artigo, busca-se compreender o papel que o embate em torno da escravidão e do tráfico de escravos desempenhou na cultura letrada oitocentista brasileira, com destaque para as formas de imaginar a nação. Analisa-se a forma como o Cônego Januário da Cunha Barbosa, importante polÃtico e intelectual ilustrado, relacionava projeções de futuro nacional e tratamento da questão da escravidão, entre os anos de 1830 e 1836. Discute-se o uso de duas modalidades de projeção de futuro: a profecia e o prognóstico. Por meio delas, Januário envolveu-se nos embates polÃticos em torno do fim do tráfico de escravos e fez uso polÃtico da revolta dos malês e do haitianismo. Indica-se a constituição de um horizonte de expectativa antiescravista pelo Cônego, entendido como uma das condições para a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1838).