O objetivo deste artigo é trabalhar, a partir do texto jornalÃstico, sobre diferentes versões do mesmo fato. O confronto sedará entre versões bem-humoradas publicadas no semanário A Manha (1926-1952), de ApparÃcio Torelly (1895-1971), e outras versões encontradas em jornais que conservavam o estilo da República Velha. Pretende-se mostrar como o humor opera na criação de versões mais ou menos comprometidas com a tarefa de informar,percebendo, sob a ótica do riso e a ótica do siso, como a realidade pode ser diferentemente interpretada.
É na Manha que Apparicio Torelly, auto-apelidado Apporellye auto-proclamado Barão de Itararé, mostra a que veio. Seu jornalismo-humorÃstico tinha como alvo o poder polÃtico totalitário da República Velha e do Estado Novo: analisando-o de forma contundente, crÃtica e risÃvel, ele desmoralizava o falso, o hipócrita e o autoritário.