Entre ver e não ver

Revista Equatorial

Endereço:
Campus Universitário, CCHLA - Departamento de Antropologia - Lagoa Nova
Natal / RN
59.072-970
Site: http://periodicos.ufrn.br/equatorial
Telefone: (84) 3342-2240
ISSN: 2446-5674
Editor Chefe: Angela Facundo Navia
Início Publicação: 31/07/2013
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Sociologia

Entre ver e não ver

Ano: 2018 | Volume: 5 | Número: 8
Autores: Anacely Guimarâes Costa
Autor Correspondente: Anacely Guimarâes Costa | [email protected]

Palavras-chave: Intersexualidade, Gênero, Sexualidade, Imagens Médicas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo examinará o papel das imagens médicas nas (re)definições do sexo e gênero no contexto da assistência em saúde oferecida às pessoas intersexo. Os instrumentos de visualização - escalas visuais, fotografias, exames de imageamento - utilizados em momentos variados dessa assistência pretendem ser uma ferramenta supostamente neutra de revelação do “verdadeiro sexo”. O argumento a ser desenvolvido é que a perspectiva visual médica, mais do que revelar o “sexo”, parte e reforça noções tradicionais de gênero e sexualidade, levando a uma apreensão estritamente patológica das variações dos corpos sexuados. No caso das imagens produzidas pela medicina sobre a intersexualidade, convivem outras expectativas, como o controle das normas de gênero e da sexualidade. O material analisado consiste em pesquisa bibliográfica sobre o tema (artigos e manuais médicos) e entrevistas feitas com profissionais de saúde. Por meio deste material, reúno pistas para responder como as imagens médicas concorrem para a patologização dos genitais de pessoas intersexo.



Resumo Inglês:

This paper aims to analyse the role of medical imaging in (re) definitions of sex and gender in the context of health care offered to intersex people. The instruments of visualization - visual scales, photographs, imaging examinations - used at various times of this assistance are intended to be a supposedly neutral tool for revealing “true sex”. The argument to be developed is that the medical visual perspective, rather than revealing “sex”, departs and reinforces traditional notions of gender and sexuality, leading to a strictly pathological apprehension of the variations of sexed bodies. In the case of images produced by medicine on intersexuality, other expectations coexist, such as the control of gender norms and sexuality. The material analyzed consists of bibliographical research on the subject (medical articles and manuals), and interviews with health professionals. Through the material analyzed, I gather clues to answer the question of how medical images compete for the pathologization of the genitals of intersex people.



Resumo Espanhol:

El presente artículo examinará el papel de las imágenes médicas en las (re) definiciones del sexo y género en el contexto de los servicios de salud ofrecido a las personas intersexuales. Los instrumentos de visualización - escalas visuales, fotografías, exámenes de imagen - utilizados en momentos variados de esa asistencia pretenden ser una herramienta supuestamente neutra de revelación del “verdadero sexo”. El argumento a ser desarrollado es que la perspectiva visual médica, más que revelar el “sexo”, parte y refuerza nociones tradicionales de género y sexualidad, llevando a una acepcíon estrictamente patológica de las variaciones de los cuerpos sexuados. En el caso de las imágenes producidas por la medicina sobre la intersexualidad, conviven otras expectativas, como el control de las normas de género y de la sexualidad. El material analizado es fruto de una investigación bibliográfica sobre el tema (artículos y manuales médicos) y de entrevistas con profesionales de salud. Por medio del material, reúno pistas para responder a la pregunta de cómo las imágenes médicas concurren para la patologización de los genitales de personas intersexuales.