Neste artigo trago o entrelaçamento do graffiti com as religiões de matriz afri-cana a partir de uma experiência etnográfica. Tive acesso ao graffiti durante minha pes-quisa de mestrado com e sobre um coletivo de mulheres e uma pessoa trans que grafitam na cidade de Belém do Pará – norte do Brasil. Junto ao coletivo, tornei-me grafiteira, participando do grupo desde então. No universo das religiões de matriz africana, tive uma experiência que entrelaçou os dois universos. Fui convidada pelo zelador de santo para pintar uma das paredes do terreiro. Realizei e apresentei o esboço, no qual o sacerdote confirmou a pintura. Após algumas semanas, soube que a pintura foi cancelada por uma das principais entidades da casa, Maria Padilha. Portanto, a publicização da imagem foi interrompida neste diálogo. Finalmente, a arte foi realizada na casa de uma filha de santo. O episódio nos faz pensar sobre distintas sensibilidades e formas de ser visível e invisível.
In this article I present through ethnographic experience the entanglement be-tween graffiti and afro-brazilian religions. I had acesse to the graffiti culture during my research with a group of organized artist women in the city of Belém do Pará, north of Brazil. As part of the group I become a graffiti artist and it was through this practice that I approached the universe of afro-brazilian religion when I received an invitation from a religious leader to paint the walls of a “sacred place. After the sketch was approved by the clergyman and when I was ready to paint I was informed that it was cancelled by one of the entities of the house (terreiro), called Maria Padilha. So, the publicization of the art image was interrupted in this dialogue. Finally the art was realized in the house of a filha de santo. This episode conducted an anthropological reflection about sensibilities and forms of visibility an invisibility.
En este artículo traigo la combinación de graffiti con religiones de matriz africanas a partir de una experiencia etnográfica. Tuve acceso al graffiti durante la investigación de mi maestría con y sobre un colectivo de mujeres y una persona trans que pintaba en la ciudad de Belém do Pará, en el norte de Brasil. Junto con el colectivo, me convertí en un artista de graffiti, participando en el grupo desde entonces. En el mundo de las religiones de matriz africana, tuve una experiencia que entrelazó los dos universos. El conserje me invitó a pintar una de las paredes del terreiro. Hice y presenté el boceto, en el que el sacerdote confirmó la pintura. Después de algunas semanas, supe que la pintura fue cancelada por una de las principales entidades de la casa, Maria Padilha. Por lo tanto, la publicidad de la imagen se interrumpió en este diálogo. Finalmente, el arte se realizó en la casa de una filha de santo. El episodio nos hace pensar en diferentes sensibilidades y formas de ser visibles e invisibles.