O presente artigo procura discutir como as instituições de longa permanência, enquanto ambientes de moradia, podem ser articuladas com o atual paradigma do envelhecimento bem-sucedido. Inicialmente, apresenta-se uma revisão sobre o conceito do envelhecimento bem-sucedido, seu histórico e principais crÃticas. Num segundo momento, apresenta-se um dos modelos teóricos mais reconhecidos atualmente pela comunidade cientÃfica e que se baseia no balanço entre perdas e ganhos na velhice: o modelo da otimização seletiva com compensação. Na seqüência, discutem-se a problemática das instituições de longa permanência no Brasil e os efeitos negativos da institucionalização sobre os idosos. Por fim, aborda-se o ambiente fÃsico dessas instituições como o cenário onde os resultados adaptativos previstos pelo conceito do envelhecimento bem-sucedido devem ocorrer. São apresentadas algumas reflexões que pretendem auxiliar na compreensão do modo como esses cenários podem levar a resultados adaptativos mais satisfatórios para os idosos institucionalizados, colaborando para tornar essas instituições mais adequadas ao paradigma da velhice bem-sucedida.