Neste artigo nos propomos a descrever e analisar significados de velhice e envelhecimento produzidos em um contexto de homossociabilidade, a partir de informações produzidas em pesquisa de mestrado realizada em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. Partimos das leituras teóricas que buscam compreender os homens e as masculinidades como construções de gênero. Buscamos compreender como ordens simbólicas de gênero produzem distintos olhares ao processo de envelhecer, constituindo-o como plural e heterogêneo, mas ao mesmo tempo marcados por jogos de poder. A metodologia, de natureza qualitativa, baseou-se em registros etnográficos feitos em uma praça central da cidade, onde se concentram uma expressiva quantidade de homens considerados velhos. Nossas análises destacam a multiplicidade de formas possÃveis de categorizar, definir e diferenciar experiências de envelhecimento, produzindo modos de ser homem velho também diversos, fortemente marcados pela sexualidade como dispositivo de poder.