Este artigo busca problematizar alguns fundamentos do jornalismo ocidental à luz das contribuições feministas, refletindo sobre a cobertura de estupro feita pela imprensa de referência, tendo a reportagem “A rape on campus”, publicada em novembro de 2014 pela revista norte-americana Rolling Stone, como estudo de caso. Nos propomos a pensar o jornalismo a partir de quatro proposições ligadas às teorias feministas: perspectiva; experiência das mulheres; objetivo em/a favor das mulheres; e sujeitos situados. Para além de pensar um jornalismo possível a partir de fundamentos feministas, nos dedicamos a cotejar de que maneiras essa potência de jornalismo dialoga, se choca, contradiz e interpela fundamentos tradicionais e universais do jornalismo, sobretudo aqueles relativos à ética e aos processos de apuração.
This paper aims to problematize some foundations of Western journalism in the light of feminist contributions, reflecting about the rape coverage made by dominant press, with the feature “A rape on campus”, published in November 2014 by the American magazine Rolling Stone, as case study. We propose to think journalism from four ideas linked to feminist theories: perspective; women's experience; objective in favor of women; and situated subjects. Besides reflect about a journalism built on feminist foundations, we are going to analyze the ways in which this journalism dialogues, collides, contradicts and challenges the traditional and universal foundations of journalism, especially those related to ethics and production.
Este artículo busca problematizar algunos fundamentos del periodismo occidental a la luz de las contribuciones feministas, pensando sobre la cobertura de violación hecha por la prensa de referencia, teniendo el reportaje “A rape on campus”, publicada en noviembre de 2014 por la revista norteamericana Rolling Stone, como estudio de caso. Nos proponemos pensar el periodismo a partir de cuatro proposiciones ligadas a las teorías feministas: perspectiva; experiencia de las mujeres; objetivo en favor de las mujeres; y sujetos situados. Además de pensar un periodismo posible a partir de fundamentos feministas, nos dedicamos a cotejar de qué maneras esa potencia de periodismo dialoga, choca, contradice e interpela fundamentos tradicionales y universales del periodismo, sobre todo aquellos relativos a la ética y los derechos procesos de escrutinio.