Escherichia coli enteropatogênica: uma categoria diarreiogênica versátil

Revista Pan-Amazônica de Saúde (RPAS)

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ISSN: 2176-6223
Editor Chefe: Isabella M. A. Mateus
Início Publicação: 02/01/2010
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Multidisciplinar

Escherichia coli enteropatogênica: uma categoria diarreiogênica versátil

Ano: 2016 | Volume: 7 | Número: 2
Autores: Cintya de Oliveira Souza, Thainara Roberta Barros Melo, Caroline do Socorro Barros Melo, Êmily Moreira Menezes, Aline Correa de Carvalho, Leni Célia Reis Monteiro
Autor Correspondente: Cintya de Oliveira Souza | [email protected]

Palavras-chave: Escherichia coli enteropatogênica, Epidemiologia, Fatores de Virulência

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A Escherichia coli enteropatogênica (EPEC) foi a primeira categoria de E. coli reconhecida como diarreiogênica e ainda hoje está associada a casos esporádicos e surtos de diarreia infantil. Em 1995, a EPEC foi classificada em típica e atípica e, até o momento, muito se tem pesquisado sobre as diferenças patogênicas e epidemiológicas destas duas subcategorias e sua similaridade com outras categorias. Para consolidar estas informações, a presente pesquisa avaliou 98 fontes bibliográficas, sendo 81 artigos, oito teses, quatro dissertações e cinco livros. Essa pesquisa destacou os seguintes resultados e conclusões: as EPEC típicas (EPEC-t) têm como principal reservatório os seres humanos, no entanto já foram registradas raras ocorrências em alguns animais silvestres; as EPEC atípicas (EPEC-a) são encontradas entre humanos e uma variedade de outros hospedeiros animais que podem servir de reservatório e de fonte de contaminação para o homem e o ambiente, além disso, as EPEC-a apresentam inúmeros fatores de virulência comuns e específicos de outras categorias patogênicas, sugerindo que o aumento de sua prevalência esteja relacionado ao fenômeno de  interconversão; a presença da região LEE (locus of enterocyte effacement) completa (LEEA-D) e da ilha de patogenicidade OI-122 (efa1/lifA, nleB, nleE, set/ent), juntamente com os genes da hemolisina (ehxA) e da adesina (paa) podem auxiliar na identificação de potenciais estirpes patogênicas de  EPEC-a; a identificação conclusiva de EPEC é realizada pelo diagnóstico molecular, onde se pesquisam os genes eae, EAF e stx, sendo o perfil eae +EAF+ stx − de EPEC-t e o eae +EAF− stx − de EPEC-a.



Resumo Inglês:

Escherichia coli (EPEC) was the first category of E. coli to be discovered and continues to be associated with sporadic cases and outbreaks of diarrhea in children. In 1995 it was classified as typical and atypical EPEC and, until the current moment, much has been studied about the differences of these two pathogenic and epidemiological subcategories and their similarity to other pathotypes. To better know these studies and consolidate this information, this literature evaluated 98 bibliographic sources, with 81 articles, eight theses, four dissertations and five books. This research highlighted the following findings and conclusions: the atypical EPEC (a-EPEC) are present in humans and a variety of animal hosts, suggesting that they may serve as a reservoir and source of infection for humans and the environment; typical EPEC (t-EPEC) has humans as the main reservoir, however, they have been recorded in some rare occurrences wildlife; a-EPEC have several common virulence factors and specific categories of other pathogens, suggesting that increased prevalence of EPEC is related to interconversion, the presence of the LEE (locus of enteracyte effacement) complete region (LEEA-D) and pathogenicity island HI-122 (efa1/lifA, nleB, nleE, set/ent) with the hemolysin gene (ehxA) and the toxin (paa) can help in identification of potentially pathogenic a-EPEC, but the conclusive identification of EPEC is performed by molecular diagnosis, which identifies genes eae, EAF and stx, and the profile eae +EAF+ stx − of t-EPEC and ea e+EAF− stx − in a-EPEC.



Resumo Espanhol:

El Escherichia coli enteropatógeno (EPEC) fue la primera categoría de E. coli reconocida como diarreogénica, siendo además asociada a casos esporádicos y brotes de diarrea infantil. En 1995, la EPEC fue clasificada en típica y atípica y, hasta este momento, mucho se ha investigado sobre las diferencias patógenas y epidemiológicas de estas dos subcategorías y su semejanza con otras categorías. Para consolidar estas informaciones, la presente investigación evaluó 98 fuentes bibliográficas, siendo 81 artículos, ochos tesis, cuatro disertaciones y cinco libros. Esta investigación destacó los siguientes resultados y conclusiones: las EPEC típicas (EPEC-t) tienen como principal reservorio a los seres humanos, sin embargo se han registrado raras ocurrencias en algunos animales silvestres; las EPEC atípicas (EPEC-a) se encuentran entre humanos y una variedad de otros huéspedes  animales que pueden servir de reservorio y de fuente de contaminación para el hombre y el ambiente, además, las EPEC-a presentan innumerables factores de virulencia comunes y específicos de otras categorías patógenas, lo que sugiere que el aumento de su prevalencia esté relacionado al fenómeno de interconversión; la presencia de la región LEE (locus of enterocyte effacement) completa (LEEA-D) y de la isla de patogenicidad OI-122 (efa1/lifA, nleB, nleE, set/ent), junto a los genes de la hemolisina (ehxA) y la adhesina (paa) pueden auxiliar en la identificación de potenciales estirpes patógenas de EPEC-a; la identificación conclusiva de EPEC se realiza por el diagnóstico molecular, en el cual se investigan los genes eae, EAF y stx, siendo el perfil eae +EAF+ stx − de EPEC-t y el eae +EAF− stx − de EPEC-a.