A ESCOLA ULTRAPASSANDO FRONTEIRAS: INTERCÂMBIO CULTURAL ENTRE ALUNOS DE GUAJARÁ-MIRIM (BR) E RURRENABAQUE

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ISSN: 2446-6646
Editor Chefe: Josué da Costa Silva
Início Publicação: 01/01/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Geografia

A ESCOLA ULTRAPASSANDO FRONTEIRAS: INTERCÂMBIO CULTURAL ENTRE ALUNOS DE GUAJARÁ-MIRIM (BR) E RURRENABAQUE

Ano: 2019 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: Deny Ardaia da Silva, Silene Espinosa Quintão Alencar
Autor Correspondente: Deny Ardaia da Silva | [email protected]

Palavras-chave: Educação, Interação, Fronteira

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo trata sobre o interrelacionamento entre pessoas extrangeiras, quebra barreiras e nos dá a ideia de que o outro só se difere da gente diante das vivências. Assim como os índios Pacaás-Novos costumam se definir como Wari’s, que significa gente, nós também devemos fazer. Não somos brasileiro ou bolivianos, somos GENTE, por isso este trabalho registra ações que possibilitam reflexões acerca do Projeto I INTERCÂMBIO CULTURAL INTERNACIONAL BRASIL X BOLÍVIA-GUAJARÁ-MIRIM E RURRENABAQUE ULTRAPASSANDO FRONTEIRAS realizado no período de 04 à 06 de outubro de 2013. O projeto envolveu duas escolas de países distintos. A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Simon Bolívar situada em Guajará-Mirim (Rondônia/Brasil) e a Unidade Educativa San José da rede Fé y Alegria localizada em Rurrenabaque (Beni/BOl). Nosso objetivo, enquanto professores da escola brasileira, foi o de promover a interação entre as comunidades das escolas participantes dos dois países no intuito de estimular as práticas interculturais fronteiriças a partir de diferentes ações como: jogos, passeios turísticos, círculos culturais bilíngues e apresentações de danças. Nosso referencial tem como aporte os estudos de Freire (1994) sobre o método dos Círculos de Cultura. Este método se baseia em princípios fundamentais, são eles: diálogo, participação, trabalho em grupo e o respeito. A escolha desse método contribuiu para estreitar a relação entre os estudantes dos dois países, possibilitando a discussões de temáticas atualizadas e relevantes na formação do aluno do ensino médio. Nesse sentido alunos brasileiros e alunos bolivianos abordaram os temas: meio Ambiente, desenvolvimento, educação, sexualidade, drogas, violência, bulliyng, Fronteira, migração, cultura, família e sociedade a partir dos próprios contextos culturais e políticos. Optamos por realizar uma pesquisa descritiva apoiada nos documentos gerados nos Círculos de Cultura durante o projeto, conversas informais e abordagens de campo. O projeto oportunizou trocas de conhecimentos entre os estudantes, contribuindo para desconstruir alguns conceitos negativos sobre a população boliviana residente na cidade de Guajará-Mirim. Através de atividades interativas foi estimulada a valorização da cultura e da história do Brasil e da Bolívia que nesse processo, a língua foi elemento de desafio, porém com a ajuda de professores da rede de ensino da cidade de Guayaramerín (Bolívia), que compreendem o português e o espanhol, a barreira linguística foi vencida. Através do projeto foi possível reafirmar a escola como espaço de produção de conhecimento, de novos discursos e novos valores humanos. É preciso sair dos muros da escolar para que haja uma aprendizagem significativa e contextualizada. Entendemos que a fronteira não nos limita, ela nos desafia constantemente a repensar nosso modo de vida. Porque do outro lado da fronteira habitam pessoas com histórias e conhecimentos singulares, que precisam ser conhecidos, apreciados e até incorporados às nossas práticas. A avaliação final do projeto apontou que os alunos brasileiros participantes do projeto não tinham conhecimento da realidade social, cultural e política da Bolívia e também não tinham interesse em conhecer. Depois do projeto surgiu o interesse pela aprendizagem do espanhol, o preconceito com os alunos bolivianos e descendentes diminuiu, surgiu o interesse dos alunos e professores em conhecer a cidade de Rurrenabaque na Bolívia, os profissionais brasileiros envolvidos no projeto puderam interagir com os profissionais bolivianos e comparar as duas realidades passando a valorizar as lutas e conquistas no trabalho, o espaço físico e respeitar os moradores da fronteira construindo uma nova visão gerada a partir desse projeto.



Resumo Espanhol:

Este artículo trata sobre el interrelacionamiento entre personas extranjeras, rompe barreras y nos da la idea de que el otro sólo se diferencia de la gente ante las vivencias. Así como los indios Pacaás-Novos suelen definirse como Wari's, que significa gente, nosotros también debemos hacer. No somos brasileños o bolivianos, somos GENTE, por eso este trabajo registra acciones que posibilitan reflexiones acerca del Proyecto I INTERCAMBIO CULTURAL INTERNACIONAL BRASIL X BOLÍVIA-GUAJARÁ-MIRIM Y RURRENABAQUE ULTRAPASSANDO FRONTERAS realizado en el período del 04 al 06 de octubre de 2013. El proyecto implicó dos escuelas de países distintos. La Escuela Estatal de Enseñanza Fundamental y Media Simón Bolívar situada en Guajará-Mirim (Rondônia / Brasil) y la Unidad Educativa San José de la red Fé y Alegría ubicada en Rurrenabaque (Beni / BOl). Nuestro objetivo, como profesores de la escuela brasileña, fue el de promover la interacción entre las comunidades de las escuelas participantes de los dos países con el fin de estimular las prácticas interculturales fronterizas a partir de diferentes acciones como: juegos, paseos turísticos, círculos culturales bilingües y presentaciones bailes. Nuestro referencial tiene como aporte los estudios de Freire (1994) sobre el método de los Círculos de Cultura. Este método se basa en principios fundamentales, son ellos: diálogo, participación, trabajo en grupo y el respeto. La elección de este método contribuyó a estrechar la relación entre los estudiantes de los dos países, posibilitando las discusiones de temáticas actualizadas y relevantes en la formación del alumno de la enseñanza media. En ese sentido, alumnos brasileños y alumnos bolivianos abordaron los temas: medio ambiente, desarrollo, educación, sexualidad, drogas, violencia, bulliyng, frontera, migración, cultura, familia y sociedad a partir de los propios contextos culturales y políticos. Optamos por realizar una investigación descriptiva apoyada en los documentos generados en los Círculos de Cultura durante el proyecto, conversaciones informales y enfoques de campo. El proyecto oportunizó intercambios de conocimientos entre los estudiantes, contribuyendo a deconstruir algunos conceptos negativos sobre la población boliviana residente en la ciudad de Guajará-Mirim. A través de actividades interactivas se estimuló la valorización de la cultura y de la historia de Brasil y Bolivia que en ese proceso la lengua fue elemento de desafío, pero con la ayuda de profesores de la red de enseñanza de la ciudad de Guayaramerín (Bolivia) que comprenden el portugués y el español, se superó la barrera del idioma. A través del proyecto fue posible reafirmar la escuela como espacio de producción de conocimiento, de nuevos discursos y nuevos valores humanos. Es necesario salir de los muros de la escuela para que haya un aprendizaje significativo y contextualizado. Entendemos que la frontera no nos limita, nos desafía constantemente a repensar nuestro modo de vida. Porque del otro lado de la frontera habitan personas con historias y conocimientos singulares, que necesitan ser conocidos, apreciados e incluso incorporados a nuestras prácticas. La evaluación final del proyecto apuntó que los alumnos brasileños participantes del proyecto no tenían conocimiento de la realidad social, cultural y política de Bolivia y tampoco tenían interés en conocer. Después del proyecto surgió el interés por el aprendizaje del español, el preconcepto con los alumnos bolivianos y descendientes disminuyó, surgió el interés de los alumnos y profesores en conocer la ciudad de Rurrenabaque en Bolivia, los profesionales brasileños involucrados en el proyecto pudieron interactuar con los profesionales bolivianos y, comparar las dos realidades pasando a valorar las luchas y conquistas en el trabajo, el espacio físico y respetar a los moradores de la frontera construyendo una nueva visión generada a partir de ese proyecto.