Escrever com Adília/Barthes sobre o que gostamos

Convergência Lusíada

Endereço:
Rua Luís de Camões, 30 - Centro
Rio de Janeiro / RJ
20051-020
Site: https://www.convergencialusiada.com.br/
Telefone: (21) 2221-3138
ISSN: 2316-6134
Editor Chefe: Ida Alves
Início Publicação: 15/05/2024
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Letras

Escrever com Adília/Barthes sobre o que gostamos

Ano: 2025 | Volume: 36 | Número: 53
Autores: Paulo Alberto da Silva Sales
Autor Correspondente: Paulo Alberto da Silva Sales | [email protected]

Palavras-chave: Poesia portuguesa contemporânea, Adília Lopes, Barthes, Biografemas, Memória

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Leitura da poesia da Adília Lopes a partir da perspectiva biografemática de Barthes. Reflexão sobre como os poemas dos últimos livros-álbuns adilianos, sobretudo a partir de Manhã (2015) até os mais recentes Pardais (2022) e Choupos (2023), são permeados por resquícios de memória de leituras e de vivências da poeta-leitora-personagem, que escreve motivada pelo desejo em rememorar o outro por meio de si. Relação intertextual entre o prazer [jouissance] da escritura [écriture] teórico-biográfico-ficcional de Barthes – expressa no uso recorrente do verbo “gostar” como um traço de encontro de prazeres corpóreos com o leitor – e as construções descritivo-poético-sensoriais da persona Adília. Inserção de outros personagens que a poeta reinscreve nos poemas em prosa por meio de jogos de imagens, de palavras e de fragmentos de memória biográfico-poético-ficcional.



Resumo Inglês:

Reading of Adília Lopes’ poetry from Barthes’s biographematic perspective. Reflection on how the poems in Adília’s latest book-albums, especially from Manhã (2015) until the most recent Pardais (2022) and Choupos (2023), are permeated by memory remnants of readings and experiences of the poet-reader-character who writes motivated by the pleasure/love of remembering others through themselves. Intertextual relationship between the pleasure [jouissance] of Barthes’ theoretical-fictional writing [écriture]. This relation is expressed in the recurrent use of the verb “like” as a trace of the encounter of corporeal remains with the reader. There are the descriptive-poetic-sensory constructions of the persona Adília. In addition to the insertion of other characters, the poet reinscribes them into the prose poems through image games, of words and fragments of biographical-poetic-fictional memory.