A ESCRITA BIOGRÁFICA: IMPASSES, TENSÕES E NOVAS PERSPECTIVAS

Ambivalências

Endereço:
UFS - Avenida Governador Marcelo Déda Chagas, s/n - Didática II, Sala 104 - Rosa Elze
São Cristóvão / SE
49107-230
Site: https://periodicos.ufs.br/Ambivalencias
Telefone: (79) 3194-6840
ISSN: 23183888
Editor Chefe: Beto Vianna
Início Publicação: 31/05/2013
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Antropologia

A ESCRITA BIOGRÁFICA: IMPASSES, TENSÕES E NOVAS PERSPECTIVAS

Ano: 2015 | Volume: 3 | Número: 6
Autores: João Muniz Junior
Autor Correspondente: João Muniz Junior | [email protected]

Palavras-chave: biografia, história, gênero híbrido, biografemas, pluralização de identidades

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho é uma adaptação de um dos capítulos da nossa Dissertação de Mestrado, intitulada “Biografia e história: panteonização e iconoclastia em narrativas de Raimundo Magalhães Junior”, defendida no ano de 2015 junto ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” - Faculdade de Ciências e Letras de Assis – UNESP. Visto que a discussão sobre a temática biográfica se amplificou nos últimos anos, seria impraticável em um texto como um artigo explorar detalhadamente os avanços e recuos, os usos e desusos que o biografismo sofreu ao longo do tempo, em especial, nas últimas décadas. Sendo assim, decidimos elencar pontos que envolvem a discussão em torno do gênero biográfico a fim de tecermos algumas análises e considerações. Ainda assim, alertamos que apesar de considerarmos apenas algumas questões para o nosso debate, este será conduzido de maneira sucinta, comedida. O objetivo do artigo é discutir, em um primeiro momento, aspectos que envolvem a narrativa biográfica e a escrita da história, tomando como ponto de partida a discussão da questão do hibridismo que marca o biografismo, misto de história e de literatura, e tocando ainda na questão ética do ofício do biógrafo; em seguida, problematizamos o chamado retorno do gênero e a ideia de que fora abandonado pelos Annales; por fim, passamos a uma reflexão sobre as novas perspectivas para confecção de narrativas de vidas, que envolvem, entre outras possibilidades, o uso de uma hermenêutica do tempo, o conceito de biografemas cunhado por Roland Barthes, e ainda, a ideia de pluralização das identidades.



Resumo Inglês:

This work is an adaptation of one of the chapters of our Master's thesis, entitled
“Biography and history:
pantheonization
and iconoclasm in narratives by Raimundo
Magalhaes Junior” defended in 2015,
by
in the Graduate Program in History at
UNESP
-
Assis. Since the discussion of the biographical theme is amplified in recent
years, it would be impractical in a tex
t as an article to explore in detail the advances
and retreats, uses and disuses the biographism suffered over time, especially in recent
decades. So, we decided to list issues surrounding the discussion on the biographical
genre so we may weave some analy
sis and considerations. The objective of this article
is to discuss, at first, aspects involving the biographical narrative and the writing of
history, taking as its starting point the discussion of the hybridity issue marking the
biographism, a mixture of
history and literature, and touching yet the ethical question
of the biographer 's craft; then we question the so
-
called return of the genre and the
idea that had been abandoned by the
Annales
; finally, we come to a reflection on new
prospects for making
life narratives, involving, among other possibilities, the use of a
time hermeneutics, the concept of “biografemas” coined by Roland Barthes, and also
the idea of identity pluralization.