A apropriação criativa e consciente do papel escrito por parte dos carregadores africanos envolvidos com o comércio de longa distância, no final do século XIX e início do XX, na Lunda, demonstra que a escrita se tornou um instrumento de reinvindicação dos trabalhadores. O artigo é um esforço de síntese deste processo e uma primeira incursão sobre as possibilidades de ampliação da análise para outras temporalidades e espaços africanos a partir das fontes missionárias.
The creative and conscious appropriation of the writing by the African porters involved in long-distance trade, during the late nineteenth and early twentieth centuries, in Lunda, demonstrates that writing has become an instrument of worker's claim. The article is an effort to synthesize this process and a first approach to the possibilities of expanding the analysis to other temporalities and spaces from missionary sources.