Escrita e transversalidade: pesquisadores indígenas e a Universidade

Revista Mundaú

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ISSN: 2526-3188
Editor Chefe: Silvia Aguiar Carneiro Martins
Início Publicação: 01/12/2016
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Sociologia

Escrita e transversalidade: pesquisadores indígenas e a Universidade

Ano: 2020 | Volume: 1 | Número: 9
Autores: Amilton Pelegrino de Mattos
Autor Correspondente: Amilton Pelegrino de Mattos | [email protected]

Palavras-chave: Pesquisa indígena; Escrita; Transversalidade; Linguagens

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir de uma reflexão epistemológica e político-pedagógica centrada em experiências de campo, o texto se propõe pensar a escrita da pesquisa indígena com base em alguns trabalhos de acadêmicos da habilitação de Linguagens e Artes da Licenciatura Indígena da Universidade Federal do Acre. A abordagem dessa escrita é elaborada desde o conceito de transversalidade, conforme proposto por Félix Guattari, e pensado na chamada deste dossiê nos termos da “relação entre saberes heterogêneos enquanto heterogêneos numa experiência de ‘transversalidade criativa’”. Depois de acompanhar as pesquisas desses acadêmicos entre 2008 e 2018, inclusive em seus desdobramentos fora da universidade, nos campos do cinema ou da arte contemporânea, conclui-se pela especificidade dessa escrita elaborada pelos pesquisadores indígenas, em contraste com a concepção de linguagem, pesquisa e escrita com que a universidade se apresenta a eles.



Resumo Inglês:

Based on an epistemological and political-pedagogical reflection centered on field experiences, the text proposes to think about the writing practices of indigenous research based on some works by scholars of the Language and Arts qualification of the Indigenous Pedagogy course at the Federal University of Acre. The approach of this writing is grounded in the concept of transversality, as proposed by Félix Guattari, and addressed in the call of this dossier in terms of the “relationship between heterogeneous knowledge as heterogeneous in an experience of ‘creative transversality’”. After guiding and monitoring the research of these academics between 2008 and 2018, including their developments outside the university in the fields of cinema or contemporary art, we highlight the specificity of the writing elaborated by the indigenous researchers, in contrast to the conception of language, research and writing with which the university presents itself to them.



Resumo Espanhol:

Basado en una reflexión epistemológica y político-pedagógica centrada en experiencias de campo, el texto propone pensar sobre las prácticas de escritura de la investigación indígena basadas en algunos trabajos de académicos de la calificación de Lengua y Artes del curso de Licenciatura Indígena en la Universidad Federal de Acre. El enfoque de este escrito se elabora a partir del concepto de transversalidad, según lo propuesto por Félix Guattari, y reelaborado en la convocatoria de este dossier en términos de “relación entre conocimiento heterogéneo como heterogéneo en una experiencia de 'transversalidad creativa’”. Después de guiar y monitorear la investigación de estos académicos entre 2008 y 2018, incluso en sus desarrollos fuera de la universidad, en los campos del cine o el arte contemporáneo, concluimos por la especificidad de la escritura elaborada por los investigadores indígenas, en contraste con la concepción del lenguaje, investigación y escritura con la que se les presenta la universidad.



Resumo Francês:

Basé sur une réflexion épistémologique et politico-pédagogique centrée sur les expériences de terrain, le texte propose de réfléchir aux pratiques d’écriture de la recherche indigène à partir de quelques travaux de chercheurs de la qualification Langue et Arts du cours de Pédagogie Indigène de l’Université Fédéral d’Acre. L’approche de cette écriture est élaborée à partir du concept de transversalité, tel que proposé par Félix Guattari, et pensé par l’équipe de ce dossier en termes de “relation entre des savoirs hétérogènes comme hétérogènes dans une expérience de ‘transversalité créative’”. Après avoir suivi les recherches de ces universitaires entre 2008 et 2018, y compris leurs développements en dehors de l'université, dans les domaines du cinéma ou de l’art contemporain, nous concluons par la spécificité de l'écriture développée par les chercheurs indigènes, contrairement au concept de langage, de recherche et l’écriture avec laquelle l’université se présente à eux.