Uma das premissas da escrita não criativa prevê que o procedimento (o copie e cole) seja tão ou mais importante que o resultado final da obra, legando à audiência o entendimento que melhor lhe aprouver (GOLDSMITH, 2015). Queremos discutir formas desse “entendimento”, considerando alguns conceitos da neurociência, em particular os que se detêm sobre a relação mente, corpo e estética – a neuro-estética. Com o desenvolvimento das ciências cognitivas, passou-se à discussão dos processos artísticos, na qual termos como “emoção”, “sentimento estético”, “empatia” etc., foram vistos como objetos que funcionam segundo regras identificáveis na naturalização da relação espectador-obra-autor (COUCHOT, 2018). Exporemos o “não original” a isso, arriscando comentar obras como Traffic (2007), Trânsito (2016)e Hillary: The Hillary Clinton emails(2019), de Kenneth Goldsmith, Statement of facts, de Vanessa Place (apudGoldsmith, 2015), e a instalação Uma e três cadeiras (1965), de Joseph Kosuth.
One of the premises of non-creative writing provides that the procedure (copy and paste it) is as or more important than the final result of the work, leaving the audience with the understanding that best suits them (GOLDSMITH, 2015). We want to discuss forms of this “understanding”, considering some concepts of neuroscience, in particular those that focus on the relationship between mind, body and aesthetics - neuro-aesthetics. With the development of the cognitive sciences, the discussion of artistic processes began, in which terms such as “emotion”, “aesthetic feeling”, “empathy” etc., were seen as objects that function according to identifiable rules in the naturalization of the spectator-work-author relationship (COUCHOT, 2018). We will expose the “non-original” to this, risking comment on works such as Traffic (2007), Trânsito(2016) and HILLARY: The Hillary Clinton emails (2019), by Kenneth Goldsmith, Statement of facts, by Vanessa Place (apudGoldsmith, 2015), and the installation One and three chairs (1965), by Joseph Kosuth.