Na fábula utópica Space is the place (John Coney, 1974, EUA) Sun Ra e sua banda Arkestra realizam uma viagem intergaláctica, aportam na Terra, especificamente em Chicago e Oakland (Estados Unidos) e começam seu périplo de recrutamento de pessoas negras para um deslocamento físico e simbólico, com o objetivo de habitar outros territórios. Rodado e lançado no começo dos anos 1970, o filme teve pouca repercussão na época. Posteriormente, com o VHS e DVD, o filme tornou-se cult, passou a ser celebrado entre cinéfilos e críticos e tornou-se um dos ícones do afrofuturismo, termo cunhado por Mark Dery, nos anos 1990, “para tratar das criações artísticas que, por meio da ficção científica, inventam outros futuros para as populações negras atuais”. Retomo esse filme por sua constituição espaço-temporal e seus modos particulares de figuração, que chamam a atenção para articulações sonoro-topológico-mentais que resultam mais que liberdades formais, em modos de apreensão e constituição da imagem e do som, articulando percepções e sensações, em torno da construção dos sentidos do filme.
In the utopian fable Space is the place (John Coney, 1974, USA) Sun Ra and his band Arkestra undertake an intergalactic journey, land in Tierra, specifically in Chicago and Oakland (United States) and start their recruitment tour from blacks to a physical and symbolic displacement, with the objective of inhabiting other territories. Filmed and released at the beginning of the 1970s, the film had no repercussions at that time. Later, with VHS and DVD, the film became a cult, a famous line among moviegoers and critics and became one of the icons of Afrofuturism, a term coined by Mark Dery, in the 1990s, “to address them artistic creations that, through science fiction, invent other futures for the poblaciones negras de today”. I revert to this film due to its spatiotemporal constitution and its particular modes of figuration, which call attention to sound-topological-mental articulations that result in more than formal freedoms, in modes of apprehension and constitution of image and sound, articulating perceptions and sensations, around the construction of the meanings of the film.
En la fábula utópica Space es el lugar (John Coney, 1974, EE. UU.) Sun Ra y su banda Arkestra emprenden un viaje intergaláctico, aterrizan en la Tierra, específicamente en Chicago y Oakland (Estados Unidos) y comienzan su gira de reclutamiento de negros para un Desplazamiento físico y simbólico, con el objetivo de habitar otros territorios. Filmada y lanzada a principios de la década de 1970, la película tuvo poca repercusión en ese momento. Más tarde, con VHS y DVD, la película se convirtió en un culto, se hizo célebre entre cinéfilos y críticos y se convirtió en uno de los íconos del afrofuturismo, término acuñado por Mark Dery, en la década de 1990, “para tratar las creaciones artísticas que, a través de la ciencia ficción , inventar otros futuros para las poblaciones negras de hoy ”. Vuelvo a esta película por su constitución espacio-temporal y sus particulares modos de figuración, que llaman la atención sobre articulaciones sonoro-topológico-mentales que resultan en libertades más que formales, en modos de aprehensión y constitución de imagen y sonido, articulando percepciones y sensaciones, en torno a la construcción de los significados de la película.