Partindo da obra e da experiência, que está longe de ser bem sucedida, do pintor cabo-verdiano
Manuel Figueira junto do mundo da arte português, tecer-se-ão algumas considerações sobre a
receptividade da arte africana no mundo ocidental, sobre o lugar de Cabo Verde no contexto
africano e sobre o intercâmbio cultural entre Portugal e as suas ex-colónias em Ãfrica. Neste
repensar de algumas das premissas da pós-colonialidade portuguesa, a lusofonia, não propriamente
enquanto vivência, mas sim enquanto plataforma polÃtico-ideológica, será igualmente analisada e
criticada.
Departing from the works of Cape-Verdean painter Manuel Figueira and his experience within the
Portuguese art world, which is far from successful, the receptivity of African art by/in the western
world will be discussed as well as Cape Verde’s positioning in the African context and, to conclude,
the cultural exchange between Portugal and its former African colonies. While rethinking some of
the premises of Portuguese post-coloniality, lusophony will equally be analyzed and submitted to a
critical view in its quality as a political-ideological platform.