O artigo aborda a revisão de literatura sobre o conceito de Espiritualidade, deslocando-o de sua função estritamente ligada à religiosidade para ser pensada como uma dimensão voltada à construção de uma ecologia institucional no serviço público. O artigo discorre sobre as diferentes formas de conceber a espiritualidade e a religião. Desta esfera, o artigo dirige-se à construção de caminhos que possibilitem pensar, no serviço público, o clima organizacional, a partir de valores ecológico-afetivos e sobre como esses valores interferem diretamente no bem-estar dos servidores e com a qualidade do serviço público ao cidadão. O artigo problematiza o conceito de espiritualidade que pode ser ampliado e dirigido ao bem-estar do ser humano e na construção de uma vida coletiva vital. A metodologia utilizada foi baseada na pesquisa qualitativa de caráter exploratório. A literatura pesquisada encaminha-se ao sentido de que a espiritualidade não deve ser entendida como algo à parte, ou que necessitaria de rituais ou lugares especiais sagrados. Conclui-se que a dimensão “espiritualidade” é uma experiência que pode ser desenvolvida a partir de um cuidado institucional estendido ao cuidado dos outros e das coletividades. Uma espiritualidade tecida por uma ecologia afetiva coletiva.
The article discusses the literature review on the concept of Spirituality, displacing it from its function strictly linked to religiosity to be thought of as a dimension aimed at the construction of an institutional ecology in the public service. The article discusses the different ways of conceiving spirituality and religion. From this sphere, the article addresses the construction of paths that make it possible to think about the public service, the organizational climate, based on ecological-affective values and how these values directly interfere in the welfare of public servants and the quality of public service. to the citizen. The article problematizes the concept of spirituality that can be extended and directed to the well-being of human beings and in the construction of a vital collective life. The methodology used was based on qualitative exploratory research. The researched literature leads to the sense that spirituality should not be understood as something apart, or that it would need rituals or special sacred places. It is concluded that the dimension “spirituality” is an experience that can be developed from an institutional care extended to the care of others and communities. A spirituality woven by an affective-collective ecology.