O artigo analisa aspectos da obra de Johannes Vermeer e Richard Serra buscando esclarecer o modo pelo qual ambos baseiam sua poética na idéia de trabalho como construção do real. Tal perspectiva antecipa a substituição da noção de trabalho como punição pela de construção do mundo civilizado para a Holanda seiscentista, e aponta o artista Richard Serra como aquele que melhor representa o ponto de culminância desse processo histórico.
The article analyses some aspects of the creative biographies of Johannes Vermeer and Richard Serra with the intent of disclosing their links with the modern ethics of work. Such perspective views the beginning of the notion of labor as a constructive activity in the Netherlands during the seicento, and suggests that Richard Serra is the artist who better represents the vertices of this historical process in contemporary art.