Estética da resistência: arte sentipensante e educação na práxis política indígena e camponesa latino-americana

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ISSN: 2238-0426
Editor Chefe: Francisco Horacio da Silva Frota
Início Publicação: 02/05/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciência política

Estética da resistência: arte sentipensante e educação na práxis política indígena e camponesa latino-americana

Ano: 2019 | Volume: 9 | Número: 23
Autores: L.P.Barbosa
Autor Correspondente: L.P.Barbosa | [email protected]

Palavras-chave: arte sentipensante, estética, movimentos indígenas e camponeses, movimento dos trabalhadores rurais sem terra, zapatismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tece reflexões sobre a articulação entre arte, educação e formação humana no âmbito da práxis política dos movimentos camponeses e indígenas latino-americanos. Para tanto, argumenta-se que a concepção de arte tecida por esses sujeitos políticos emerge de uma apreensão do coração como núcleo epistêmico e ontológico de seus sentimentos, de seu pensamento e de sua ação política – uma arte sentipensante – que demarca outro paradigma de pensamento e de construção de conhecimento. Nesse sentido, apresento algumas expressões da estética da resistência na arte sentipensante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento Zapatista, com destaque para os princípios que fundamentam a dimensão educativa e política da arte na luta em defesa da terra, do território e de um projeto emancipatório. Na história latino-americana e caribenha, a arte sentipensante alimentou os sonhos de liberdade, emancipação e justiça – e, nos momentos de recrudescimento da luta de classes, clamou-se por não se perder a ternura jamais, nas palavras de Che Guevara.



Resumo Inglês:

This article thinks through the interconnection between art, education, and human development within the framework of the Latin American peasant and indigenous movements’ political praxis. To do this, it is argued that the art conception woven by these political subjects emerges from an apprehension of the heart as the epistemic and ontological nucleus of their feelings, their thinking, and their political action – a sentimental-thoughtful art – which demarcates another paradigm of thought and knowledge building. Thus, I introduce some expressions of the aesthetics of resistance in the sentimental-thoughtful art of the Landless Rural Workers’ Movement (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST) and the Zapatista Movement, with an emphasis on the principles that underlie the educational and political dimension of art in the struggle for land, territory, and an emancipatory project. In Latin American and Caribbean history, the sentimental-thoughtful art nurtured the dreams of freedom, emancipation, and justice – and, in times of recrudescence of the class struggle, people cried out for never losing tenderness, in Che Guevara’s words.



Resumo Espanhol:

Este artículo analiza la interconexión entre arte, educación y formación humana en el ámbito de la praxis política de los movimientos campesinos e indígenas de América Latina. Para hacer esto, se argumenta que la concepción de arte tejida por estos sujetos políticos surge de una aprehensión del corazón como núcleo epistémico y ontológico de sus sentimientos, de su pensamiento y de su acción política – un arte sentipensante – que delimita a otro paradigma de pensamiento y de construcción de conocimiento. Así, presento algunas expresiones de la estética de la resistencia en el arte sentipensante del Movimiento de Trabajadores Rurales Sin Tierra (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST) y del Movimiento Zapatista, con énfasis en los principios que fundamentan la dimensión educativa y política del arte en la lucha por la tierra, el territorio y un proyecto emancipador. En la historia latinoamericana y caribeña, el arte sentipensante alimentó los sueños de libertad, emancipación y justicia – y, en tiempos de recrudecimiento de la lucha de clases, se clamó por no perderse la ternura jamás, en las palabras del Che Guevara.



Resumo Francês:

Cet article analyse l’articulation entre art, éducation et formation humaine dans le domaine de la praxis politique des mouvements paysans et indigènes latino-américains. Pour ce faire, il est soutenu que la conception de art tissée par ces sujets politiques émerge d‘une appréhension du cœur en tant que noyau épistémique et ontologique de ses sentiments, de sa pensée et de son action politique – un art sentimental-pensant – qui délimite un autre paradigme de pensée et de construction du savoir. Ainsi, je présente quelques expressions de l’esthétique de la résistance dans l’art sentimental-pensant du Mouvement des Travailleurs Ruraux Sans Terre (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST) et du Mouvement Zapatiste, en mettant l’accent sur les principes qui sous-tendent la dimension éducative et politique de l’art dans la lutte pour la terre, le territoire et un projet émancipateur. Dans l’histoire de l’Amérique Latine et des Caraïbes, l’art sentimental-pensant a nourri des rêves de liberté, d’émancipation et de justice – et, à l’époque d’une intensification de la lutte des classes, des gens criaient pour ne jamais perdre la tendresse, selon les mots de Che Guevara