Os dramaturgos modernos, em atenção ao conteúdo histórico de suas obras, buscam formas teatrais que possibilitem a comunicação de experiências sociais e culturais significativas para a humanidade. A dramaturgia moderna busca dissipar a ilusão que cercou por muito tempo as peças clássicas, as românticas e as realistas. O rompimento com a linearidade tradicional e a ênfase nas vivências do tempo interior é que marcam o novo teatro. Na perspectiva estética da moderna dramaturgia brasileira, o presente artigo pretende discutir o teatro de Jorge Andrade e o tratamento que o dramaturgo imprimiu em suas peças Pedreira das Almas e O Sumidouro quanto à tematização, a decadência de uma classe social, pela escolha da forma teatral que mostra a origem dos acontecimentos e o tempo, subordinando presente e passado.