Estética e política entre civilização e barbárie no pensamento de Arendt

Kairós

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ISSN: 2357-9420/1807-5096
Editor Chefe: Dr. Renato Moreira de Abrantes
Início Publicação: 20/01/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Teologia, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Estética e política entre civilização e barbárie no pensamento de Arendt

Ano: 2022 | Volume: 18 | Número: 1
Autores: J. V. T. Braga Filho
Autor Correspondente: J. V. T. Braga Filho | [email protected]

Palavras-chave: Juízo, Estética, Política

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho aborda a concepção de juízo presente nos escritos de Hannah Arendt, precisamente, na sua problematização com a política e a cultura. Defende-se a hipótese de que o juízo arendtiano consiste num juízo estético-político no qual a mediação entre reflexão e sensibilidade permite a abertura para o mundo. Essa abertura é característica da cultura enquanto civilização: um espaço onde o ser humano pode se cultivar enquanto tal. Do contrário, o fechamento para o mundo, ou em outros termos, o enclausuramento na própria subjetividade, corresponde à barbárie. Nela, o ser humano sem qualquer relação com os objetos da cultura (a arte em sentido amplo) ou com os outros encontra-se alienado do próprio mundo. Para tanto, este artigo trata de algumas relações conceituais presentes no pensamento de Arendt: cultura e civilização, barbárie e desmundanidade e, por fim, juízo e senso comum. Conclui-se que há uma estética no pensamento de Arendt em vista do conceito de aparência e, neste último, a experiência é, ao mesmo tempo, política e estética.



Resumo Inglês:

This works it's about the conception of judgment in Hannah Arendt's writings, precisely, in the issue with politics and culture. We argue that the Arendt judgment it's a political aesthetic judgment in which the mediation between reflection and sensibility, open to the world. This openingis characterized by the culture as civilization: a space where the human begin could be human. Besides, the closure for the world in the subjectivity that corresponds to barbarism. On barbarism, the human being without any relation with the cultural objects (the art in broad sense) or with others, is alienated from the world. Therefore, this article works with some conceptual relations of Arendts, culture and civilization, barbarism and wordlessness, and judgment and common sense. In conclusion that, there is a aethestic on Arendt thinking based on the concept appearance, in this case, the experiência its political and aesthetic at the same time.