Estética schopenhauereana, o belo enquanto negação da vontade

Revista Eros

Endereço:
Avenida da Universidade, 850 - Campus da Betânia - Alto da Brasília
Sobral / CE
62040370
Site: https://helius.uvanet.br/index.php/eros
Telefone: (88) 3611-6370
ISSN: 2357-8246
Editor Chefe: Fabrício Klain Cristofoletti
Início Publicação: 30/06/2013
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Filosofia

Estética schopenhauereana, o belo enquanto negação da vontade

Ano: 2020 | Volume: 2 | Número: Não se aplica
Autores: David Simão Costa
Autor Correspondente: David Simão Costa | [email protected]

Palavras-chave: Gênio. Vontade. Ideia. Belo. Conhecimento.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A presente comunicação apresenta nossa pesquisa de iniciação sobre o estudo da estética na filosofia do alemão do século XIX Arthur Schopenhauer. Nosso objetivo é primeiramente explicar o que o filósofo entende por estética, segundo, a importância do belo como possível negação da vontade e do querer humano. A metodologia empregada será o estudo e análise do belo como foco principal, o conhecimento estético, aquele conhecimento desinteressado que não procura conhecer e fazer ciência, mas sim contemplar. Usaremos o livro III da obra O mundo como vontade e representação de Schopenhauer, mas também a sua Metafisica do belo, como complemento menor em relação ao seu livro III de sua obra magna. Nosso estudo será aprofundado por meio de referências a obras de comentadores, como a análise da Metafisica do belo escrita por Jair Barbosa. Por fim, exporemos as considerações preliminares da pesquisa, atualmente em andamento, elencando como principal ponto o conceito de belo como aquilo que existe de mais perfeito na natureza, essência íntimas dos objetos e objetivação mais perfeita e adequada da vontade. A vontade é o em si do mundo, é inexplicável, apenas a conhecemos em suas objetivações, o mundo inteiro é apenas objetivação desta vontade cega que impulsiona o homem pelo querer contínuo. O belo é retratado como a ideia perfeita, sendo conhecida em seus últimos graus de objetivação, mas nunca em si mesma. Quando o indivíduo abandona aquele conhecimento a serviço do princípio razão que repousa no âmbito das ciências, abandona também a condição de indivíduo particular e torna-se o puro sujeito do conhecimento, eleva-se além das representações e, ao olhar para natureza, não intui os objetos de representações, mas sim a essências destes, ou seja, os últimos graus da objetivação da vontade: a ideia de beleza. Portanto, cessou sua vontade e abandonou sua individualidade, tornou-se o sujeito universal: não deseja mais, não possui interesse nos objetos particulares, sente-se iluminado e vivo. Isso é um instante, um curto intervalo de tempo, não é duradouro, mas representa essa sensação numa obra de arte, e assim recebe o papel de gênio. Portanto, o gênio é aquele que negou sua vontade ao contemplar a ideia de belo, que trouxe essa ideia, no sentido estético, através de uma arte. A estética é a exposições da ideia de beleza intuída pelo gênio.